sexta-feira, 15 de junho de 2012

Retiro Missionário


“Procura vir ter comigo depressa”  (2 Timóteo 4:9)

Essas palavras de Paulo ecoam aos nossos ouvidos como um grito de socorro em meio à angustiante solidão que sua realidade missionária lhe impunha. Talvez ainda mais pela necessidade de comunhão com outros seguidores do Mestre e mais precisamente, gente da mesma lida, do que ausência de presença humana propriamente dita. Está prestes a enfrentar o martírio e, provavelmente, prevê os acontecimentos, sentindo-se abandonado quando mais necessita de acolhimento e amparo emocional. Seu lamento pela deserção de pessoas que outrora estavam ao seu lado é apenas um dos indicadores.

Nossa realidade missionária hoje em muitos lugares é diferente da situação em que Paulo se encontrava. No entanto, como missionários, também sofremos pela ausência de pessoas queridas que para traz ficaram, cuja falta sentimos mesmo após vários anos de ministério missionário, especialmente quando enfrentamos lutas e dissabores. A comunhão entre irmãos, colegas e companheiros de jornada, serve-nos para fortalecimento na fé, balsamo para as emoções e alento na caminhada.

Louvamos a Deus pelo encorajamento que recebemos da APMT e sua ênfase no apoio mútuo entre missionários no campo. Nesse sentido nós da APMT Base da África Austral, com a graça de Deus, estaremos promovendo nosso I Retiro Missionário. Serão 5 dias (entre os dias 01 e 05 de Outubro de 2012) de reflexão, descanso, lazer e recreação para nossos missionários. Serão ao todo cerca de 30 participantes, missionários e filhos. Além de nós missionários da APMT estamos facilitando a participação de alguns missionários de outras agências que ao longo do nosso tempo aqui têm cooperado com nosso trabalho.

Talvez você se pergunte: como participar? Bom, há três maneiras de você também participar. A primeira é participar fisicamente do evento. Estamos disponibilizando duas vagas para algum irmão, entre nossos parceiros na missão, que desejar experimentar alguns dias conosco. A segunda é orando pelo retiro. Intercedendo por segurança e saúde dos participantes, e pelos recursos financeiros para custearmos as despesas. A terceira é auxiliar aos missionários que não dispõem de recursos financeiros para participar. Você pode abençoar esse irmão custeando parcial ou integralmente sua participação. A participação de cada custará R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais) o que inclui transporte de Cape Town ao local, alimentação e hospedagem.

Quem fizer a primeira opção terá até o dia 02 de julho para entrar em contato conosco se candidatando para tal. Fazendo a segunda opção, gostaríamos de ser informados para que também possamos lhe enviar motivos mais específicos para oração. Caso faça a terceira opção sugerimos que deposite sua contribuição para o evento numa das contas bancárias da APMT usando o nosso código em centavos (Gessé - R0,14 ou Silvia – R0,44) informando a APMT o propósito da oferta.

Juntos levando as Boas Novas de Cristo.

Rev. Gessé Almeida Rios
APMT - Base da África Austral

terça-feira, 13 de março de 2012

Oremos pela Somália

Somália

Os poucos cristãos são fortemente perseseguidos, e devem praticar sua fé em segredo. Alguns foram forçados a fugir para viver em outros países
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
Os primeiros missionários cristãos chegaram à Somália em 1881. Em quase um século de trabalho, eles conseguiram algumas centenas de convertidos, até que foram obrigados a se retirar do país em 1974.
O Cristianismo é uma religião minoritária na Somália: aproximadamente mil praticantes em uma população de mais de 9 milhões de pessoas. 
A maioria dos cristãos somalis pertence à etnia minoritária bantu. Não há perspectiva de crescimento da igreja na Somália para os próximos anos, devido à constante instabilidade política e econômica em que vive o país e aos constantes ataques de grupos radicais islâmicos.
A Perseguição
A falta de lei no país (não há Constituição, por exemplo) abre espaço para o crescimento do extremismo religioso, que é o grande responsável pela perseguição aos cristãos somalis.
Há uma Carta de Direitos do governo de transição, mas não possui restrições ou proteções à liberdade religiosa. Duas regiões no país - Somalilândia e Puntlândia - adotaram o islamismo como a religião oficial. Em ambas as regiões, os muçulmanos não podem abandonar o islamismo, sob pena de morte. Ou seja, para os somalis, o ex-muçulmano é um infiel, que merece a morte.
Extremistas têm acusado organizações cristãs de ajuda humanitária de aproveitarem o caos no país para divulgar o evangelho. Tais acusações acabam atraindo a atenção da mídia e levando a ataques públicos contra os cristãos por parte dos jornais locais. Além disso, os partidos políticos muçulmanos têm publicado relatórios que detalham os programas evangelísticos e advertem severamente o povo somali a manter distância de tais atividades. Desde que se tornou independente, em 1960, a Somália sofre com grupos radicais, como o Movimento Nacional Somali (SNM), o Movimento Patriótico Somali (SPM), o Congresso Somali Unido (USC) e o mais conhecido deles, o Al Shabaab, grupo radical islâmico criado em 2004, que domina algumas áreas ao sul do país e tem como objetivo principal derrubar o governo de transição da Somália e instalar um governo teocrático baseado na Sharia (lei islâmica). O Al Shabaab é financiado pela Al Qaeda: além de causar instabilidade política no país, esses grupos coíbem e reprimem qualquer possibilidade de trabalho missionário ou de evangelismo no país.
História e Política
A Somália está localizada no extremo leste do continente africano, na região semiárida conhecida como Chifre da África. O território somali apresenta paisagens variadas, com regiões montanhosas ao norte, desertos e savanas na área central e uma região subtropical ao sul. A origem do nome do país é incerta, mas Somália significa “terra dos somalis”.
Há na Somália artes rupestres que datam do período paleolítico, de aproximadamente 9.000 anos antes de Cristo. As evidências mais antigas de cerimônias funerárias no Chifre da África foram encontradas em cemitério da Somália, datadas do ano 4000 a.C. Na antiguidade, os estados-cidades que formavam a Somália desenvolveram um comércio muito lucrativo com os principais impérios da época (Egito, Grécia, Pérsia, Roma), aos quais fornecia especiarias como mirra e incenso.
No século VII os árabes se instalaram na costa da Somália, com o intuito de desenvolver o seu comércio na região e pregar a religião islâmica. A rápida adesão ao Islã por parte da população somali influenciou para que a religião se expandisse com sucesso por todo o seu território. No século XIX, as cidades litorâneas da Somália foram incorporadas ao Império Turco-Otomano. No século XX, tornou-se colônia italiana juntamente com a Etiópia, denominada Somalilândia Italiana; durante a Segunda Guerra Mundial, parte do seu território foi ocupada pelos britânicos.
A Somália tornou-se independente em 1960, quando italianos e britânicos se retiraram e o território foi unificado. Desde sua independência, o país tem tido conflitos com a Etiópia pela posse da região de Ogaden (Estado da Etiópia).
A Guerra Fria acabou por beneficiar a Somália economicamente, pois o país recebia subsídios da União Soviética em um primeiro momento; mais tarde, passou a recebê-los dos Estados Unidos. Apesar disso, os conflitos internos e externos acabaram por devastar a nação e sua população.
Em 1991, uma sangrenta guerra civil derrubou a ditadura governante e lançou o país em total desgoverno, com mais de 20 clãs armados lutando entre si pelo poder. Em 1992, as Nações Unidas intervieram no conflito, a fim de fornecer ajuda humanitária aos necessitados.
Embora o caos e a luta entre os diversos clãs ainda persistam em quase todo o território somali, um governo de transição foi estabelecido em 2004 para promover o processo de paz, após a iniciativa do presidente de Djibuti, Ismael Omar Guelleh, de reunir mais de dois mil representantes somalis em seu país.
O Governo Federal de Transição está situado na capital, Mogadíscio. A cada cinco anos escolhe-se um novo presidente para o governo de transição. No entanto, seu inimigo, a União de Cortes Islâmicas, embora tecnicamente derrotado, continua lutando, com a ideia de instaurar o caos e impor a lei islâmica à sociedade.
População
A maioria da população pertence à etnia somali, que se divide em inúmeros clãs. No entanto, os quatro maiores clãs - dir, daarwood, hawiye e isxaaq - respondem por aproximadamente três quartos da população do país. Os outros clãs, considerados inferiores, agrupam 20% dos somalis localizados no sul e uma minoria pertencente à etnia banta.
O islamismo é a religião oficial da Somália e, com raras exceções, a maioria dos somalis segue a tradição sunita. Há alguns hindus entre os indianos que trabalham no país.
A Somália é uma das nações mais pobres do mundo. Após anos de guerra civil, a economia entrou em colapso e é controlada por uma minoria que explora o narcotráfico, a venda de armas e o comércio de alimentos. A maioria dos somalis vive da pecuária e da agricultura de subsistência, dependendo dos programas de ajuda humanitária.
Economia
A economia do país foi praticamente devastada devido aos vários anos de guerra civil. A agricultura e a pecuária são os setores mais importantes da economia e correspondem a cerca de 40% do PIB do país. Devido às guerras e à fome, a Somália tem uma das mais altas taxas de mortalidade infantil do mundo; o país está entre os oito mais pobres do mundo. 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mais uma família missionária finaliza processo em Cape Town

Após quase um ano de convivência conosco, Rev. Jorge, sua esposa Jarci e seus dois filhos Timóteo e Samuel estarão deixando Cape Town para dar os próximos passos na caminhada missionária. Foram meses de intenso trabalho no processo de aquisição da língua inglesa e construção de relacionamento entre irmãos sul-africanos. Louvamos a Deus pelo tempo proveitoso dessa querida família entre nós. Fomos grandemente edificados com suas presenças em nosso meio. No culto do último Domingo dia 12/02, da Igreja Presbiteriana do Kenilworth, tivemos um momento de oração pela família, bastante emotivo, diga-se de passagem. Ontem, no culto em língua portuguesa, Rev. Jorge nos trouxe a palavra pela última vez, após o que oramos e nos despedimos. Oremos pelos planos de Deus para essa querida família.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

I Encontro de Missionários

Estamos na fase de definição do local para a realização do primeiro encontro de missionários da APMT na região sul do continente africano, provavelmente entre os dias 01 a 05 de outubro de 2012. Hoje vimos algumas possibilidades, mas continuamos na busca por um local agradável e de custos mais baixos.
Contamos com suas orações pelo pocesso de organização do evento, pelos participantes e por aqueles que estarão ministrando.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aniversário de Casamento - 20 anos

O casamento é uma construção que inclui tempo, suor e lágrimas; amor e manutenção. No intervalo aparecem os filhos, mais contas, alegrias e decepção. Bendito intervalo que nos transforma em seres humanos.
 
Uma construção precisa de reformas, de adaptação, de investimento e atenção. Quanto mais o tempo passa, melhor fica. O problema é que de tempos em tempos, cada vez com maior frequência, alguém sobe. Sim a morte nos visita mais e vai trabalhando e reunindo as saudades no paraíso.
 
20 anos juntos. Cada dia mais apaixonados e conscientes de que milagres acontecem e são construídos em Cristo.
 
A DEUS TODA A GLÓRIA!

"Tudo podemos Naquele que nos fortalece"

Jorge e Jarci - Cape Town - SA, 07-12-2011.


Bons contatos!

Ontem tive uma reunião bastante produtiva com o Rev. Mike Muller (pastor da Igreja Presbiteriana do Kenilworth) e o Secretário Geral da União das Igrejas Presbiterianas do Sul da África, Dr. Rev. Jerry Pillay. Discutimos diversos aspectos visando futuras parcerias entre APMT e igrejas presbiterianas da região sul da África, presbitérios e até possíveis parcerias de cooperação em diversas áreas entre as duas denominações presbiterianas, UPCSA e IPB, ambas mebros da WCRC (World Communion of Reformed Churches). 

Expressou interesse em ampliarmos parcerias com outras igrejas da denominação na África do Sul. Crê que a IPB/APMT poderá contribuir em muito no sentido despertar a igreja na África do Sul para se tornar mais voltada para a obra missionária e a evangelização, inclusive do seu próprio povo.

Entrevista com Rev. Marcos Agripino

Rev. Marcos fala sobre Congresso Brasileiro de Missões e seu papel no Executivo da APMT. Para acompanhar sua entrevista, click no link a seguir: http://youtu.be/44ebEF6BPoY